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Diário de gravação #8 – Minha irmã Larissa Horta

O que falar de Larissa Horta, essa mulher que chegou em 2015 e eu já amo demais?

Serei bastante breve sobre quem Lalá é profissionalmente, porque eu gosto das coisas pessoais. Ela é baixista, backing vocal e compositora. Estuda (enrola) música, fisioterapeuta, habilitada em musicoterapia, fez 10 mil aulas, oficinas e workshops de contrabaixo elétrico, canto, técnica vocal com um tanto de gente fera. Integrou o Grupo Rosa dos Ventos (dos maravilhosos Titane e João das Neves), é baixista e backing vocal da Fernanda Takai (<3), do Odara e minha. Tá bem. Agora o que realmente interessa: sentimento. 

Leozinho nos trouxe Lalá após o lançamento do nosso EP (16/04/2015). Estávamos começando os ensaios pra tocar no Inverno Cultural de São João Del Rei. E esses ensaios sempre são regados a muita comida, muita mesmo, porque eles acontecem na casa da minha mãe (uma ótima anfitriã mineira). Quando Lalá ultrapassou a porta, eu senti um cheiro de passado.

Não sei se vocês sabem, mas eu acredito que a gente não tem só uma vida. Acredito em reencarnações. Várias delas. E quando Lalá apareceu, eu só pensei: “esse lance é antigo”. E ela sentiu o mesmo sim, porque ela encaixou como luva na banda e na minha vida. Tudo nosso. Fomos e voltamos do Festival e em 4 meses eu já sabia mais sobre ela do que sobre dezenas de pessoas que estavam na minha vida há anos. Foi um baita achado, um grande encontro que preencheu uma lacuna.

Essa lacuna é a presença ativa de uma mulher no meu trabalho. A força desse novo CD vem disso. Da minha descoberta do meu lugar no mundo enquanto mulher, da potência da união feminina, da transformação que ela provoca. Lalá foi quem deu o pontapé inicial desse processo. Porque passei a ter muito mais do que alguém pra fechar o vestido e maquiar comigo no camarim, me dar uns tapas na cara de vez em quando, dividir confidências femininas nos ensaios (porque sempre dividi minha vida com meus meninos Léo e Claytin). Faltava alguém como Lalá: uma artista que trouxe sua identidade e seu sorriso pro trabalho. Ela nos trouxe leveza. A mim, trouxe muitas provocações que estão neste novo CD.

Nada mais justo do que ela participar por completo do nosso trabalho. Que é muito dela também. Tem uma música no disco que é nossa. Tem outras referências musicais que falam da nossa relação de amizade e de irmandade e de amor. Dos nossos (re)encontros. Esse disco não seria se não houvesse Lalá. Essa é uma grande verdade.

Pra finalizar, fica uma curiosidade sobre ela: ela gosta mais de cantar do que de tocar. Juro.

Te amo, mulher. Obrigada por caminhar comigo.

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