fbpx

Blog

Diário de gravação #12 – O parceiro Chico Amaral

Sonhos não envelhecem, né? Não mesmo. Há algum tempo, eu contei aqui no blog como foi meu primeiro contato com o Chico na vida pessoal (eu tinha uns 14 anos) e profissional (ele gravou “Arabesco” no EP, tocamos juntos no Caixa Acústica em 2015 e 2016 e fizemos um show no Teatro Marília).

A propósito, esse show no Teatro Marília foi incrível. Chico sempre foi um artista generoso, e fazer um show só com nossas músicas foi bonito demais, outro sonho realizado. E teve um episódio muito curioso. Estávamos ensaiando pra esse show, a música era “Perto”, minha e da Lalá. Essa música, na nossa cabeça, já estava pronta. Tocávamos ela desde 2015, estava madura. Então, Claytin disse para o Chico: “faz o que você quiser aí, Chico, não tem erro”.

De repente, abrimos um espaço pro Chico improvisar. Depois de 5 segundos de improviso, eu abri um sorriso enorme, olhei pra Lalá, que também estava sorrindo (normal), olhei pro Léo, que estava com um olhar de intrigado, o Dan concentradíssimo (pleonasmo) e o Claytin na viagem dele (pleonasmo). Aí a música acabou. Ficou um silêncio de alguns segundos. De repente, eu disse (ou meio que gritei espantada): “MEU DEUS QUE DÉJÀ VU”. E todo mundo: “SIIIIIMMMM”. Foi bem doido. E ali decidimos que essa música tinha sido feita pra ter um solo de sax.

Após o show no teatro, Chico me perguntou sobre um novo CD. Eu disse que estava planejando. E ele retrucou: “vou esperar você me chamar pra gravar, hein?”. Eu fiquei meio boba de ver um instrumentista como ele se oferecendo pra fazer parte do trabalho de uma artista bebê, como eu, que mal saí das fraldas da música. Eu só consegui dizer: “pode ter certeza que sim”.

E aqui está ele 2 anos depois. Com seu talento, sua generosidade, fechando um trio de metais respeitável ao lado de Brasa e Juventino.

Eu dei sorte demais na vida. Chico parece um padrinho musical. =)

Obrigada por tudo, sempre, Chico.

Comments

comments