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Diário de gravação #1 – Planejar é preciso

Gente, ninguém em sã consciência grava um disco sem planejamento. Entre meu primeiro EP e esse próximo disco, passaram 3 anos (e completará 4 quando ele for lançado, já que a previsão é que ele seja jogado no mundo em 2019). Foi preciso esse tempo para eu amadurecer e entender o que buscava com um novo trabalho, para encontrar as formas de viabilizá-lo sem que minha carreira parasse por causa disso. Precisei passar pela experiência da criação do Coletivo Mulheres Criando, do Sonora, da Grupa e de tantas outras junções com mulheres para que eu me encontrasse. Nada disso foi planejado, mas o universo tratou de trazer tudo na hora exata.

A partir do momento em que encontrei um trabalho paralelo capaz de bancar o disco, o planejamento foi feito de forma concreta. Para durar meses, é verdade, porque é preciso viver e manter a carreira apesar do disco. Esse planejamento envolve encontrar e contratar os profissionais envolvidos no processo, separar os meses para pré-produção, outros para gravação, mais alguns para mixagem e masterização, até o momento de lançar o bendito. Para cada etapa, custos determinados. Com uma margem para imprevistos, claro. Misturado no meio disso tudo, tem os custos com videoclipes, roteiro, direção de arte e fotografia, figurino, cenografia, marketing etc. Tem ainda as parcerias que vão sendo firmadas que tangenciam o trabalho.

Planejamento é todo feito no computador, mas tem hora que é preciso fazer “organogramas” no papel.

Obviamente, cada artista conduz sua carreira como achar que deve. Essa é a minha forma organizadinha (minha lua em virgem é a culpada) de encarar meu trabalho. Eu, por exemplo, resolvi que não destinaria energia, nos primeiros meses da produção do disco, para fazer shows. Eu concentrei todas as minhas forças no trabalho paralelo para viabilizá-lo, o que vem dando certo.

Tem outro ponto também: cada um gasta o quanto acha suficiente, considerando o montante que pode investir. Eu fiz uma escolha de envolver profissionais que admiro há alguns anos, que acredito que podem levar meu trabalho para a estética que desejo, e claro que isso tem um custo, que encaro como investimento.

Planejamento feito, é hora de colocar a mão na massa. Porque ideia que não sai da cabeça é apenas sonho que não se concretiza. E a primeira coisa que eu fiz foi divagar sobre quantas músicas entrariam no disco e quais.

F.

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