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Alcateia

Lembra que falei do Coletivo Mulheres Criando há algum tempo? Pois bem. Certo dia, conversando com uma amiga, ela me perguntou como que, de repente, se criou uma rede de mulheres na música em BH. Mulheres que estão sempre conectadas, que quando aparece o nome de uma, imediatamente se liga a um tanto de outras.

Eu, numa tentativa falha de explicar, falei que já existiam as minas que faziam teatro e música (Bia Nogueira, Maíra Baldaia, Nath Rodrigues), as minas do rap, do indie, do pop. Que existiam muitos coletivos femininos na arte. Mas que os últimos dois anos, com o Diversas, com a Mostra Mulheres Criando, com o Sonora e com o Imune, esses grupos começaram a se conectar. Uma cultura foi criada de nos unirmos também às mulheres instrumentistas, técnicas de som e de luz, fotógrafas, videomakers. E ainda tem um chão enorme pela frente: uma amiga compositora, Ana Cristina, me disse que os coletivos não se comunicam tanto. “Vamos trabalhar para isso acontecer” então.

Como fruto dessa conexão, pude fazer o Canta Comigo, chamando essas mulheres, que se tornaram amigas e parceiras, que são grandes compositoras, a mostrarem seu trabalho e somarem no meu. Todas essas mulheres carregam consigo uma força absurda. Uma coisa que vem do “ser mulher”. E esse conjunto de forças individuais somadas se torna uma força motora social maravilhosa que, aos poucos, vem ganhando terreno nessa capital mineira e em outros lugares do mundo inteiro (em breve discorro mais sobre isso).

Débora Costa (percussionista), Maíra Baldaia, Nath Rodrigues, Lívia Itaborahy, Isabella Bretz (compositoras), eu e Larissa Horta (baixista, backing vocal e compositora)

Deh Mussulini, minha companheira de coletivo, minha amiga amada, fala que são muitas lobas. E não poderia ter sido mais feliz nessa definição. Brincando, digo que ela é a chefa dessa alcateia, já que todas nós, mulheres da música de BH, acabamos por nos conectar a ela.

Enfim. Isso tudo para dizer que utilizarei esse espaço aqui para falar um pouco das lobas dessa nossa grande alcateia, de BH e do mundo, dessas mulheres que querem fazer sua arte de forma coletiva, contribuindo com as demais artistas, em uma grande rede colaborativa.

Se eu fosse você, não perderia por nada.

É muita mulher mara o quê? Vilhosa!

beijas.

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